Manuscrito

Comunicação [13/05/1864]

]Sociedade

13 de maio de 1864

Senhora CostelA Sra. Honoré foi uma pintora que nasceu em Paris no dia 21 de novembro de 1821. Ela era neta de Guillaume Guillon-Lethière (1760-1832) pintor neoclássico francês. Honoré foi membro da Sociedade Parisiense de Estudos Espíritas (SPEE) e uma médium de destaque. Ela teve uma participação significativa no movimento espírita francês como médium da SPEE entre os anos de 1860 a 1866. Adotou, junto com seu marido, um pseudônimo, ficando conhecidos como Sr. e Sra. Costel.  Em 1860, Allan Kardec começou a publicar dezenas de mensagens mediúnicas recebidas pela médium na Revista Espírita. Ao longo de cinco anos (1860-1865), foram publicadas 115 mensagens da médium, atribuída a diferentes espíritos. Ela faleceu no dia 05 de junho de 1902 em Fondettes (cidade próxima a Tours) aos 81 anos de idade. 
Sinopse biográfica
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A individualidade 13 de maio de 1864

Quando uma nova questão se apresenta ao estudo, é necessário, após ter indicado suas linhas externas, analisar cada uma das partes que a compõem.

Um de nós falou da morte espiritual: duas palavras em desacordo, cujo sentido, a princípio, apresenta ao Espírito somente uma ideia contraditória. Tratemos de restituir seu verdadeiro alcance; para isso, estudemos a individualidade que todo homem reivindica e possui, e cuja perda ninguém pode contemplar sem horror.

A individualidade é um sinal exterior e moral que personifica, pelas linhas físicas e pelos traços intelectuais, as criaturas pertencentes à mesma raça. A efêmera individualidade corporal é destruída pela morte; a matéria retorna à matéria; desse admirável aparelho humano, desses corpos tão cuidados e tão amados, que pareciam inseparavelmente unidos ao ser, restam apenas um esqueleto, ossos, a decomposição.

Por que esse desastre, essa imobilidade, onde reinavam a atividade e a produção? É que a ação física se esgotou. Ela servia como ponto de partida e de educação à ação espiritual; esta última, crescida e amadurecida para outras provas, renasce para a vida intelectual, como a criança nasce para a vida material.

Todo homem é um pensamento ativo, um mandatário da /2/ vontade superior. Como tal, é dotado de faculdades simples e compostas, todas gravitando em torno de uma qualidade soberana, que é a razão de ser de suas encarnações e de seu futuro. Esta dupla qualidade, como tudo o que nasce, contém em si a dualidade do bem e do mal; inseparáveis e fecundos, coexistem até a libertação fluídica que transforma o homem-matéria em homem-Espírito.

Este último não tem mais individualidade física, mas somente a individualidade moral, que lhe servirá ao desenvolvimento da individualidade espiritual, último estágio de seu ser. Estudaremos cada uma dessas fases, durante as quais nascem e morrem as faculdades efêmeras que ajudam e protegem o frágil florescimento do ser espiritual, como o rude e múltiplo envoltório da amêndoa protege seu fruto.

A evidência da reencarnação é comprovada pelos diferentes graus da individualidade. Indecisa e complexa nas famílias primitivas da humanidade, ela revela repentinamente sua marca sagrada em homens ignorantes e grosseiros e faz resplandecer, acima da multidão, os seres de elite, as encarnações do verbo feito carne.

A individualidade não se expressa pela aparência vã de certas opiniões, gostos ou paixões, os quais, perecíveis, são para o Espírito /3/ o que as modas de vestuário são para o corpo. A individualidade é o sinal precioso e eterno que a progressão não altera. Ela é o germe da vida, o que a nutre, a sustenta e o que é verdadeiramente o raio criador.

Lázaro

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]Société

13 mai 1864

Mme Costel[

L’individualité 13 mai 1864

Lorsqu’une question nouvelle se présente à l’étude, il faut, après en avoir indiqué les lignes extérieures, analyser chacune des parties qui la composent.

Un de nous a parlé de la mort spirituelle : deux mots disparates, dont le sens ne présente d’abord à l’Esprit qu’une idée contradictoire. Tâchons de lui restituer sa véritable portée ; et pour ce, étudions l’individualité que tout homme revendique et possède, et dont nul ne peut envisager la perte sans horreur.

L’individualité est un signe extérieur et moral qui personnifie, par les lignes physiques, et des traits intellectuels, les Créatures appartenant à la même race. L’éphémère individualité corporelle est anéantie par la mort ; la matière retourne à la matière ; il ne reste de cet admirable appareil humain, de ces corps si soignés, si aimés qui semblaient inséparablement unis à l’être, il ne reste qu’un squelette, des os, la décomposition. Pourquoi ce désastre, cette immobilité, là où régnaient l’activité et la production ? C’est que l’action physique est épuisée. Elle servait de point de départ et d’éducatrice à l’action spirituelle ; celle-ci, grandie et mûrie pour d’autres épreuves, renaît à la vie intellectuelle, comme l’enfant naît à la vie matérielle —.

Tout homme est une pensée agissante, un mandat de la /2/ volonté supérieure ; comme tel, il est doué de facultés simples et composées, qui toutes gravitent autour d’une qualité maîtresse qui est la raison d’être de ses incarnations et de son avenir. Cette qualité double, comme tout ce qui naît, porte en elle la dualité du bien et du mal ; inséparables et féconds, ils se côtoient, jusqu’au dégagement fluidique qui transforme l’homme matière et le rend homme Esprit.

Celui-ci n’a plus d’individualité physique, mais seulement l’individualité morale qui lui servira à développer l’individualité spirituelle, dernier terme de son être. Nous étudierons chacune de ces phases pendant lesquelles naissent et s’éteignent les facultés éphémères qui aident, et protègent la frêle éclosion de l’être spirituel, comme la rugueuse et multiple enveloppe de l’amande protège son fruit.

L’évidence de la réincarnation est prouvée par les différents degrés de l’individualité. Indécise et complexe dans les familles primitives de l’humanité, elle révèle tout à coup son empreinte sacrée chez des hommes ignorants et grossiers, et fait resplendir au-dessus de la multitude les êtres d’élite, incarnations du verbe fait chair.

L’individualité n’est pas exprimée par la vaine apparence de telles ou telles opinions, de tels goûts, ou de telles passions, qui, périssables, sont à l’Esprit /03/ ce que sont les modes du vêtement pour le corps. L’individualité est le signe précieux et éternel que la progression n’altère pas ; elle est le germe de vie, celui qui l’alimente, la soutient, celui qui est bien véritablement le rayon créateur.

Lazare

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