Manuscrito

Carta de Hypolite Rivail para Amélie Boudet [12/10/1841]

[Carimbo] Paris, 12 de outubro de [18]41 (60).

[Carimbo de recepção] Château du Loir, 13 [ileg.].

Senhora

Senhora Rivail

Casa do senhor Boudet

Proprietário

Château du Loir

Sarthe

Terça-feira, 12 de outubro.

Recebi ontem tua carta, minha querida Amélie, e é com uma viva satisfação que eu soube que tu estás bem; não tenho dúvida de que o ar do campo e um pouco de tranquilidade contribuem muito para isso; ainda que eu nada tenha de muito novo para te informar, desde minha última carta, creio dever te responder para dizer que não te aflijas para voltar; não tendo terminado nada para o banco, não vislumbro ainda o momento da mudança. Se surgir um caso de urgência, eu te informarei logo em seguida.

Ontem, eu enfim recebi o meu dinheiro, mas não foi sem apreensão até que eu o tivesse apanhado, pois foi por pouco que o negócio não deu errado.

Esses senhores da companhia de seguros têm a intenção de começar o jornal muito em breve. Acho que eu poderia te dar uma ocupação agradável e produtiva nisso. Digo agradável porque se tratará principalmente de ler as notícias em todos os outros jornais e coletâneas para fazer a seleção.

Eu queria consultar Mariette esta manhã para saber o que deveria ser feito para Louise em caso de disenteria, mas ela não vem há dois dias; eu sei exatamente onde ela está, mas é um pouco longe; e seria difícil, para não dizer impossível, tê-la a tempo. Se, porém, acontecer alguma coisa, escreve-me imediatamente, enviando cabelos, e eu [a] consultarei sem demora. Enquanto isso, acho que é necessário assegurar que ela não tome umidade; isso lhe é, como sabes, muito nocivo.

Adeus, minha querida Amélie; saudações da parte de todos.

Com muito afeto,

H.L.D.R.

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[Cachet] Paris 12 oct. [18]41 (60).

[Cachet réception] Château du Loir 13 [illis.].

Madame

Madame Rivail

Chez M.r Boudet

Prop.er

À Château du Loir

Sarthe

Mardi, 12 8bre.

J’ai reçu hier ta lettre ma chère Amélie, et c’est avec une bien vive satisfaction que j’ai appris que tu te portes bien ; je ne doute pas que l’air de la campagne et un peu de tranquillité n’y contribuent pour beaucoup ; aussi quoique je n’aie rien de bien nouveau à te mander depuis ma dernière lettre, je crois devoir te répondre pour te dire de ne pas te gêner pour revenir ; n’ayant rien terminé pour la banque je n’<entrevois> pas encore le moment du déménagement. S’il survenait un cas d’urgence je t’en informerais aussitôt.

J’ai enfin touché mon argent hier mais ce n’a pas été sans appréhension jusqu’à ce que je l’aie tenu ; car il s’en est peu fallu que l’affaire ne manquât.

Ces messieurs de la compagnie d’assurance ont l’intention de commencer le journal très prochainement. Je pense que je pourrai t’y donner une occupation agréable et productive. Je dis agréable car il s’agira principalement de lire les nouvelles dans tous les autres journaux et recueils pour en faire le choix.

Je voulais consulter Mariette ce matin pour savoir ce qu’il faudrait faire pour Louise en cas de dysenterie, mais elle n’est pas rentrée depuis 2 jours ; je sais bien où elle est mais c’est un peu loin ; et il serait difficile pour ne pas dire impossible de l’avoir à temps. Si pourtant il survenait quelque chose écris le moi de suite en envoyant des cheveux et je [la] consulterai sans retard. En attendant il faut je crois bien veiller à ce qu’elle ne prenne pas d’humidité ; cela lui est, comme tu le sais, très contraire.

Adieu ma bonne Amélie bien des choses de la part de tout le monde.

Ton bien affectionné,

H.L.D.R.

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