Manuscrito
Apreciação de A Imitação.
Trecho extraído da carta da senhora FoulonMadame Foulon era residente de em Havre (cidade portuária da região da Normandia na França) onde se destacou como uma miniaturista hábil, muito estimada na sociedade. Ela faleceu em 03 de fevereiro de 1865 na cidade de Antibes (localizada no coração de Riviera), onde foi em busca de um clima mais ameno para o reestabelecimento de sua saúde. Vários jornais publicaram notas sobre o seu falecimento. Kardec também publicou uma nota na Revista Espírita sobre o seu falecimento.
Sinopse biográfica, de 19 de abril de 1864, à senhora Allan Kardec.
Caríssima amiga, como lhe estou reconhecida por haver, em meio a tantas ocupações, se lembrado de me enviar essa preciosa obra que eu esperava com tanta ansiedade! Na vida de provações que Deus houve por bem me oferecer, esse é o maná espiritual de onde retirarei a força e a coragem nos momentos de fraqueza. Não sei que efeito esse livro produziu entre os espíritas; sei somente que, no mesmo dia, muitos deles acorreram às livrarias para adquiri-lo. Saí um instante e me encontrei com o senhor Cordier, que caminhava apressadamente com dois exemplares na mão.
O Espiritismo vai certamente ter um novo impulso com essa obra. O que lhe posso dizer é que as reflexões do seu caro Hypolite ]*[ (como a senhora o chama) são lidas com o mesmo interesse que as instruções que as seguem. Ele comunica à alma sofredora aquela calma, aquela serenidade que o caracterizam. É bem isso que eu esperava dele; tal é a doçura do ensinamento que se justifica pelo título. A senhora deve ter muito orgulho dele! Assim como eu mesma tenho em relação a essa afeição que a senhora me devotou e que me é tão preciosa, que me consola tanto nas minhas dores! Sempre me disseram que Deus põe o bálsamo sobre a ferida, a consolação ao lado da dor, e, veja, cara amiga: esse livro chegou a mim no momento mesmo em que eu estava novamente aflita pela minha pobre filha! Etc...
](*) Hippolite? Sem y.[


Appréciation de l’Imitation.
Extrait de la lettre de Mad.e Foulon du 19 avril 1864 ]1864[ à Mad. Allan Kardec.
Bien chère amie, combien je suis reconnaissante de ce qu’au milieu de toutes vos occupations, vous avez pensé à m’envoyer ce précieux ouvrage que j’attendais avec une véritable anxiété. Dans la vie d’épreuves dont il plaît à Dieu de me charger, c’est la manne spirituelle, où je puiserai dans les moments de défaillance la force et le courage. Je ne sais quel effet il a produit parmi les spirites ; je sais seulement que le jour même plusieurs d’entre eux étaient accourus chez les libraires pour s’en procurer. Je suis sortie un instant, et j’ai rencontré M. Cordier qui marchait précipitamment en tenant deux ex. [exemplaires] à la main.
Le Spiritisme va certainement prendre un nouvel élan avec un tel ouvrage. Ce que je puis dire à vous, c’est que les réflexions de votre cher Hypolite ]*[ (comme vous l’appelez) sont lues avec le même intérêt que les instructions qui les suivent. Il communique à l’âme souffrante ce calme, cette quiétude qui le caractérisent. C’est bien là ce que j’en attendais ; c’est bien la douceur de l’enseignement qui se justifie par le titre. Combien, chère amie, vous devez en être fière ! Comme je le suis, moi-même, de cette affection que vous m’avez accordée et qui m’est si précieuse et me console dans mes douleurs ! Il m’a été dit souvent que Dieu plaçait le baume sur la plaie, la consolation à côté de la douleur, et, voyez, chère amie, ce livre m’est arrivé au moment où j’étais de nouveau désolée pour ma pauvre enfant ! <&>...
](*) Hippolite? Sans y.[