Biografias

Louis Jean-Baptiste de Tourreil

Autoria: Angélica A. Silva de Almeida; Carlos Seth Bastos

Louis Jean-Baptiste de Tourreil foi um homem de letras e pensador religioso francês, nascido em Toulon, no ano de 1799 (1, 2, 3).

Inserido no ambiente intelectual e social da Monarquia de Julho, Tourreil integrou a geração dos chamados “socialistas românticos”, ou socialistas pré-marxistas, conforme analisado por Naomi Andrews. Nessa tradição se incluem figuras como Pierre Leroux, Simon Ganneau e Alphonse-Louis Constant, com os quais compartilhava preocupações sociais e filosóficas.

Em 7 de dezembro de 1845, Tourreil lançou publicamente a doutrina que chamou de “religião da fusão”, ou fusionismo, e foi cofundador da Compagnie des Industries Unies (companhia das Indústrias Unidas)1, integrando seu primeiro comitê (4, 5). Sua doutrina viria a ser sistematizada no livro póstumo Religion Fusionienne ou Doctrine de l’Universalisation: réalisant le vrai catholicisme (1879) (Religião Fusionista ou Doutrina da Universalização: concretizando o verdadeiro Catolicismo), composto por suas “cartas apostólicas” redigidas ao longo de dezoito anos. Segundo os editores, os textos foram transcritos “com escrupuloso cuidado, sem acrescentar nem suprimir nada”, preservando-se a formulação original de Tourreil.

Na introdução da obra póstuma, o Fusionismo é definido como uma doutrina simultaneamente filosófica, religiosa e social. No plano religioso, apresentava-se como: “o Espírito da Verdade” destinado a concretizar a verdadeira religião católica, entendida por Tourreil em seu sentido etimológico de universalidade, como uma “ciência íntima dos mistérios da sabedoria divina” (3).

Segundo a análise de Naomi Andrews, o Fusionismo articulava uma concepção andrógina de Deus e da humanidade (3):

Tourreil desenvolveu uma nova religião, chamada fusionismo, que se baseava em definições andróginas tanto de Deus quanto da humanidade. Sua doutrina previa a fusão final de todos os seres humanos em um único ser andrógino, sem identidade ou consciência separadas. Negava o pecado original e era consistente com outras filosofias da época em sua defesa das qualidades "femininas" de unidade e amor, ao mesmo tempo em que denunciava a situação das mulheres na sociedade contemporânea. Segundo Alexandre Erdan, Tourreil era um marinheiro que recebeu uma revelação enquanto caminhava no Bois de Vincennes em algum momento durante a Restauração Bourbon. Erdan o entrevistou para seu livro La France Mystique no verão de 1854, observando que, "de todos os messias desta época, o Sr. de Toureil é aquele que, com Ganneau, mais se aproxima do tipo ideal." Embora claramente cético quanto à autenticidade da revelação de Tourreil, Erdan pareceu atraído por ele. "Seu rosto, com uma expressão inteligente e uma placidez rara, não deixa de ter alguma analogia com as representações ideais de Cristo", escreveu ele. (...) ele também se referiu a seguidores, mas não forneceu documentação, embora Maitron nos diga que Tourreil quase não teve influência durante sua vida. O fusionismo é uma utopia derivada e, embora Tourreil não tenha citado diretamente suas fontes de inspiração, é evidente que Leroux e Ganneau foram importantes. Tourreil tomou emprestado grande parte de seu vocabulário diretamente de Ganneau, e sua perspectiva geral sobre a humanidade e a unidade lembrava fortemente as doutrinas de Leroux. Maitron caracteriza sua religião como uma síntese das ideias de Charles Fourier e Pierre Leroux, observando que ele tinha conexões indiretas com o movimento saint-simoniano. Tourreil era um planejador, muito parecido com Fourier em sua preocupação com números e com a colocação de pessoas na sociedade com base em suas qualidades inerentes. No esquema de Tourreil para o poliâme (nome dado à sua comunidade utópica), o fator determinante não era o tipo de personalidade, como no falanstério fourierista, mas sim a idade: o estágio de desenvolvimento de uma pessoa é o índice central de seu lugar na sociedade. O futuro utópico de Tourreil postula uma humanidade totalmente fundida, na qual a identidade individual deixou de existir. Em última análise, a humanidade viverá, agirá e pensará como uma só, sendo parte de um "ser universal, ele próprio um andrógino", de uma única mente e corpo. Um dos argumentos deste artigo é que a figura do andrógino apresentou aos socialistas uma maneira de representar uma humanidade unificada, porém diversa e variada, que poderia simbolizar tanto a superação da competição nas relações sociais quanto, possivelmente, a reconciliação do conflito entre os sexos, ao mesmo tempo que desafiava a ideia emergente do indivíduo como base da sociedade liberal. O fato de o andrógino ser um só, mas incluir em si os dois elementos da humanidade — masculinidade e feminilidade — o torna um símbolo ideal de sua sociedade mais diversa. A diferença sexual atua aqui como um marcador para todos os tipos de divisão na sociedade. Quando Tourreil discute a necessidade dos sexos, essa função simbólica está em ação. Para Tourreil, "sendo o casamento a origem da sociedade, se o casamento fosse perfeito, a sociedade seria evidentemente perfeita". Tourreil era mais explícito sobre a questão do que ele rejeitava na sociedade contemporânea, ou seja, o indivíduo egoísta. Tourreil ofereceu como prova de sua teoria da fusão o fato de que os seres humanos vivem e se sentem uns nos outros. Como sabemos que essa condição é verdadeira? Todas as inúmeras maneiras pelas quais demonstramos empatia uns pelos outros, sentindo compaixão pelo sofrimento do outro, arriscando nossas vidas uns pelos outros. Na medida em que esses sentimentos não estão presentes, isso resulta do desenvolvimento retardado do indivíduo, e não de uma refutação da própria teoria. Tourreil, entre os quatro escritores aqui discutidos, apresentou a rejeição mais extrema de um mundo movido pela competição e divisão entre as pessoas, e a mais fervorosa acolhida de um mundo em que os seres humanos estariam unidos uns aos outros por laços de amor e afeição. Para Tourreil, alcançar a utopia implicava mais do que apenas uma mudança no padrão de comportamento entre os indivíduos: para efetivar uma mudança social genuína, a humanidade deveria mudar sua natureza fundamental. Mudança significava, na religião fusioniénne, a erradicação da consciência individual e o desenvolvimento de uma identidade de grupo que eliminaria a possibilidade do impulso egoísta em primeiro lugar.

As ideias de Tourreil circularam entre diversos estudiosos e críticos do período. Réné Caillé2, publicou em 1880, na Revue Spirite, uma síntese das concepções fusionistas, elogiando seu autor como “um homem de grande valor” (6). Já Charles Loyson3, escrevendo na Revue du Monde Catholique (1881), avaliou o Fusionismo como (7):

(...) uma mistura híbrida de elementos dos supostos mistérios, escandalosamente parodiados, da metempsicose e do panteísmo hindu. O todo carente de inventividade, abunda em concepções bizarras e digressões ilustradas com palavras voltadas à ciência e ao efeito. Contudo, paras certas almas equivocadas, ainda permanece uma manifestação religiosa, a afirmação de acreditar-se descendente de um espírito divino e uma repugnância invencível em se rebaixar e se humilhar, como os darwinistas, chegaram ao ponto de afirmar que sua origem remonta a um macaco ou vibrião não identificado. Louis-Jean-Baptiste de Tourreil, que o autor destas linhas conheceu, era notavelmente inteligente, dotado de uma oratória fluente, eloquente, cativante, gentil, pacífico, benevolente e altamente culto. Em sua juventude, sofreu com a pobreza e se viu reduzido a comer raízes e frutos silvestres. (...) as privações, bravamente suportadas, acabaram por cobrar seu preço, em sua mente já debilitada. De qualquer forma, um dia, em 1830, vagando exausto pelos bosques de Meudon, foi acometido por uma alucinação. A partir daquele momento, sua mente, até então imperturbável, reteve a marca indelével, a convicção inabalável de um encontro forçado que tivera com o Divino. Acreditava-se possuído pelo Ser Supremo e tornara-se um deus, o espírito consolador predito pelo Evangelho para revelar à humanidade o Fusionismo, a religião definitiva. Uma monomania singular e extravagante, contudo sustentada e coordenada mesmo na incoerência de seus detalhes. Contudo ainda seriam necessários mais quinze anos antes de sua proclamação pública, para preparar seus elementos e seus primeiros discípulos. Foi em 07/12/1845, em Belleville, que Louis de Tourreil fundou a religião Fusionismo. Talvez não nos tivéssemos detido tanto sobre isso, não fosse o fato de que, apesar da morte do espírito consolador em 15 de abril de 1863, o Fusionismo ainda ostentava, no coração de Paris, no próprio século XIX, mais de mil seguidores zelosos e prosélitos convictos, entre os quais algumas damas da alta sociedade que se desviaram do caminho. Um triste capítulo a acrescentar aos já numerosos relatos das loucuras dos inovadores que esperavam encontrar a verdade e a paz somente fora da Igreja, à qual foi confiada a guarda das palavras da vida.

Tourreil faleceu em 15 de abril de 1863 (1) e foi sepultado no Cemitério de Montparnasse (8), em Paris. A notícia de seu falecimento foi divulgada pelo Le Progrès de Lyon em 25 de abril de 1863, que também reproduziu a carta-convite para o seu funeral: “Queridos irmãos e irmãs – ano XVII da era Fusionista – solicitamos a sua presença no funeral de nosso venerado irmão Louis Jean Baptiste de Tourreil, que faleceu aos sessenta e quatro anos. Bendita seja a sua ressurreição! Da família Fusionista e universal” (9).

Seu nome aparece também em duas correspondências conservadas no Projeto Allan Kardec. A primeira apresenta uma suposta comunicação mediúnica atribuída a Tourreil, pelo médium D’Ambel, datada de 24 de abril de 1863, na qual a entidade descreve o processo de desprendimento espiritual após a morte e lamenta a fragilidade teórica da doutrina que elaborara (10).

Sessão de 24 de abril de 1863

Senhor d’Ambel

Sobre a separação da alma e do corpo

Quanto a mim, achei muito fácil romper os laços que soldavam minha substância etérea à minha carne. O objeto de meus estudos tinha-me, por assim dizer, liberado antecipadamente das numerosas redes da matéria; e isso deve servir de lição para os senhores, mostrando-lhes que aqueles que, da Terra, se preocupam com sua existência ultraterrena, a partir do futuro abandono de sua alma, gozam de maior facilidade para se desprender de seus miseráveis restos do que aqueles que fazem de seu corpo um Deus. Estes lamentam o envelope que lhes foi instrumento de prazer e aqueles são libertados com uma alegria inexprimível. Todos os homens esclarecedores, por esse amplo brilho espírita que hoje se espalha em seu globo, terão verdadeiro interesse em se dedicar ao estudo das questões filosóficas espiritualistas, pois, por [ele, o estudo], eles chegarão a conquistar mais rapidamente o seu lugar na hierarquia superior dos seres etéreos. É a essa causa benigna que devo ter me libertado prontamente e ter podido me comunicar enquanto meu envoltório mal se tinha arrefecido pela morte; é aos meus queridos estudos que devo o fato de não ter passado por aquele horrível período de tumulto e de confusão em que alguns se debatem durante meses e em que a alma, tomada de vertigem, na maioria das vezes perde a noção correta do ser e do não ser.

Fico feliz em repetir ainda: a morte que eu só havia considerado como uma transição necessária de uma vida a outra não me surpreendeu em nada; ela me encontrou pronto, como um soldado para a batalha, e eu atravessei com uma elã de alegria invisível a fronteira que separa a vida terrena da vida espiritual.

Como já disse ao médium, eu tinha apenas um arrependimento, mas um arrependimento doloroso: o de ver que a obra que eu havia dolorosamente elaborado era, por assim dizer, natimorta, porque eu havia extraído minhas teorias apenas de mim mesmo e que necessariamente essa filha querida de meus estudos não havia sido capaz de se elevar para além das forças do entendimento humano.

Mas não vou repetir meus pensamentos sobre o trabalho de minha última vida. Eu só queria responder à pergunta de seu presidente sobre a separação mais ou menos rápida das almas e dos corpos no momento da morte. Independentemente do estado espiritual do ser, essa separação é bem rápida nas pessoas idosas que gastaram todo o seu [fluido vital] e nas jovens crianças cuja rede nervosa e tecidos têm toda a fragilidade de brotos jovens na primavera. Somente os seres que atingiram a plena virilidade e que são atingidos em plena vitalidade passam por numerosas dificuldades na sua liberação supra-vital. Não é, portanto, extraordinário que a criança da condessa polonesa tenha-se libertado rapidamente de seu jovem invólucro e não tenha passado pelo período tumulto, de hesitação e de sofrimento pelo qual passam fatalmente os homens rigorosamente constituídos e aqueles cujas tendências morais são satisfeitas pelos prazeres da Terra.

Louis de Tourreil.

A segunda referência, registrada por Amélie Boudet, diz respeito a um artigo de Toscan publicado no Progrès de Lyon, no qual o autor contesta a comunicação atribuída a Tourreil que teria sido apresentada no periódico La Vérité (11). Toscan, após apresentar os pontos fundamentais do Fusionismo tece os seguintes comentários sobre o Espiritismo e os médiuns:

Como pode-se ver, Sr. D’Ambel, estas não são teorias mal concebidas, sistemas repletos de obscuridade. Pelo contrário, são demonstrações tão precisas, tão claras, que só lhes falta a fórmula algébrica para as inserir no domínio da matemática. As doutrinas mal concebidas, certamente encontram-se nas doutrinas espíritas, e na obscuridade mental dos médiuns que evocam os espíritos, os quais se esforçam para expressar coisas das quais não tem ideia e que, no entanto, presumem fazer-nos aceitar como revelações de espíritos superiores.

Em seguida, ele menciona ter recebido uma comunicação mediúnica em 10 de maio de 1862, período em que ainda atuava como médium, na qual reconhecia a credibilidade da doutrina fusionista. “Estudem, então, e absorvam as verdades contidas na doutrina fusionista; (...) e, quando satisfizerem as três condições da razão, da lógica e do sentimento, aceitem-na sem hesitação” (12, 13).

Referências

  1. Certidão de óbito Louis Jean-Baptiste de Tourreil. Disponível em: https://archives.paris.fr/archives-numerisees/etat-civil-de-paris/etat-civil-a-partir-de-1860/consulter-les-actes-detat-civil?arko_default_64ca19f9b29b5--ficheFocus=&arko_default_64ca19f9b29b5--filtreGroupes%5Bmode%5D=simple&arko_default_64ca19f9b29b5--filtreGroupes%5Bop%5D=AND&arko_default_64ca19f9b29b5--filtreGroupes%5Bgroupes%5D%5B0%5D%5Barko_default_64ca1a8996ae1%5D%5Bop%5D=AND&arko_default_64ca19f9b29b5--filtreGroupes%5Bgroupes%5D%5B0%5D%5Barko_default_64ca1a8996ae1%5D%5Bq%5D%5B%5D=D%C3%A9c%C3%A8s&arko_default_64ca19f9b29b5--filtreGroupes%5Bgroupes%5D%5B0%5D%5Barko_default_64ca1a8996ae1%5D%5Bextras%5D%5Bmode%5D=select&arko_default_64ca19f9b29b5--filtreGroupes%5Bgroupes%5D%5B0%5D%5Barko_default_64ca1a89a5742%5D%5Bop%5D=AND&arko_default_64ca19f9b29b5--filtreGroupes%5Bgroupes%5D%5B0%5D%5Barko_default_64ca1a89a5742%5D%5Bq%5D%5B%5D=14&arko_default_64ca19f9b29b5--filtreGroupes%5Bgroupes%5D%5B0%5D%5Barko_default_64ca1a89a5742%5D%5Bextras%5D%5Bmode%5D=select&arko_default_64ca19f9b29b5--filtreGroupes%5Bgroupes%5D%5B0%5D%5Barko_default_64ca1a89c2d61%5D%5Bop%5D=AND&arko_default_64ca19f9b29b5--filtreGroupes%5Bgroupes%5D%5B0%5D%5Barko_default_64ca1a89c2d61%5D%5Bq%5D%5B%5D=&arko_default_64ca19f9b29b5--filtreGroupes%5Bgroupes%5D%5B0%5D%5Barko_default_64ca1a89c2d61%5D%5Bq%5D%5B%5D=15%2F04%2F1863&arko_default_64ca19f9b29b5--filtreGroupes%5Bgroupes%5D%5B0%5D%5Barko_default_64ca1a89c2d61%5D%5Bextras%5D%5Bmode%5D=input&arko_default_64ca19f9b29b5--from=0&arko_default_64ca19f9b29b5--resultSize=25&arko_default_64ca19f9b29b5--contenuIds%5B%5D=10841876&arko_default_64ca19f9b29b5--modeRestit=arko_default_64ca1b2347e81. Acesso em: 27/11/2025.

  2. Bibliotèque de Genève. Iconographie. Disponível em: https://www.bge-geneve.ch/iconographie/personne/louis-jean-baptiste-de-tourreil. Acesso em: 27/11/2025.

  3. TOURREIL, Louis-Jean-Baptiste de. Religion Fusionienne ou Doctrine de L’Universalisation réalisant le vrai catholicisme. Paris: A. Charles, Éditeur. Disponível em: https://gallica.bnf.fr/ark:/12148/bpt6k5722248c/f7.item.r=%22Louis%20Jean-Baptiste%20de%20Tourreil%22. Acesso em: 27/11/2025.

  4. Andrews, Naomi J. "Utopian Androgyny: Romantic Socialists Confront Individualism in July Monarchy France." French Historical Studies, vol. 26 no. 3, 2003, p. 437-457. Disponível em: https://scholarcommons.scu.edu/cgi/viewcontent.cgi?article=1002&context=history. Acesso em: 27/11/2025.

  5. Revue de L’Instruction Publique de la Littérature et des Sciences. Em France et dans les pays étrangers. 25 Année. N4. 27/04/1865.

https://gallica.bnf.fr/ark:/12148/bpt6k9792517m/f5.item.r=%22Louis%20Jean%20Baptiste%20de%20Tourreil%22.zoom. Acesso em: 27/11/2025.

  1. Caillé, Réné. Libres Pensées (XXXI). Revue Spirite. Journal d'études Psychologiques. 01 décembre de 1880. p. 520-5. Disponível em: https://gallica.bnf.fr/ark:/12148/bpt6k27101740/f28.image.r=Caille Acesso em: 27/11/2025.

  2. LOYSON, Charles Jean Marie, Revue du monde catholique em 1881, intitulado Du Schisme, de L’Hérésie em France et des Églises Françaises. 01 janvier 1881. p. 421-25. Disponível em:

https://gallica.bnf.fr/ark:/12148/bd6t58526881/f431.item.r=%22Louis%20Jean%20Baptiste%20de%20Tourreil%22. Acesso em: 27/11/2025.

  1. Disponível em: https://archives.paris.fr/archives-numerisees/sources-genealogiques-complementaires/cimetieres-et-pompes-funebres/cimetieres/consulter-les-registres-journaliers-dinhumation?arko_default_64c11d444499f--ficheFocus=&arko_default_64c11d444499f--filtreGroupes%5Bmode%5D=simple&arko_default_64c11d444499f--filtreGroupes%5Bop%5D=AND&arko_default_64c11d444499f--filtreGroupes%5Bgroupes%5D%5B0%5D%5Barko_default_64c11dabb5212%5D%5Bop%5D=AND&arko_default_64c11d444499f--filtreGroupes%5Bgroupes%5D%5B0%5D%5Barko_default_64c11dabb5212%5D%5Bq%5D%5B%5D=Montparnasse&arko_default_64c11d444499f--filtreGroupes%5Bgroupes%5D%5B0%5D%5Barko_default_64c11dabb5212%5D%5Bextras%5D%5Bmode%5D=select&arko_default_64c11d444499f--filtreGroupes%5Bgroupes%5D%5B0%5D%5Barko_default_64c11dabc9b02%5D%5Bop%5D=AND&arko_default_64c11d444499f--filtreGroupes%5Bgroupes%5D%5B0%5D%5Barko_default_64c11dabc9b02%5D%5Bq%5D%5B%5D=1863%7C1863&arko_default_64c11d444499f--filtreGroupes%5Bgroupes%5D%5B0%5D%5Barko_default_64c11dabc9b02%5D%5Bextras%5D%5Bmode%5D=slider&arko_default_64c11d444499f--from=0&arko_default_64c11d444499f--resultSize=25&arko_default_64c11d444499f--contenuIds%5B%5D=10841969&arko_default_64c11d444499f--modeRestit=arko_default_64c11df9e0c32. Acesso em: 27/11/2025.

  2. Le Progrès. Journal de Lyon, Politique Quotidien. N. 1207. Quatrième année. 25/04/1863. Disponível em:

https://gallica.bnf.fr/ark:/12148/bd6t5965855r/f1.item.r=%22Louis%20Jean%20Baptiste%20de%20Tourreil%22.zoom. Acesso em: 27/11/2025.

  1. Comunicação [24/04/1864]. Projeto Allan Kardec, 2024. Disponível em: https://projetokardec.ufjf.br/item-pt?id=319. Acesso em: 27 nov. 2025.

  2. Carta de Amélie-Gabrielle Boudet para Allan Kardec [09/09/1863]. Projeto Allan Kardec, 2022. Disponível em: https://projetokardec.ufjf.br/item-pt?id=234. Acesso em: 27 nov. 2025.

  3. Toscan. Spiritisme et fusionisme ou Réponse de M. de Tourreil, vivant, à l'esprit de M. de Tourreil évoqué par MM. d'Ambel et Allan-Kardec / [signé : Toscan] p. 24 e 24. Disponível em:

https://gallica.bnf.fr/ark:/12148/bpt6k314145h/f30.item.r=%22spiritisme%20et%20fusionisme%22. Acesso em: 27 nov. 2025.

  1. Toscan. Le Progrès : journal de Lyon, politique, quotidien. 06 set. de 1863. Disponível em: https://gallica.bnf.fr/ark:/12148/bd6t59682126/f4.item.r=%22spiritisme%20et%20fusionisme%22.zoom. Acesso em: 27 nov. 2025.


  1. Tourreil, junto com Léopold Amail, um ex-aluno de Saint-Simon, ajudou a fundar a Companhia das Indústrias Unidas. Amail foi advogado, residente em Paris e Saint-Simoniano. Em 1º de novembro de 1845, participou da fundação da Companhia, da qual se tornou secretário. Seu objetivo era permitir que os trabalhadores fabricassem por conta própria, dispensando empregadores e intermediários, vendendo diretamente aos consumidores. "Produtores e consumidores", afirmava a empresa, "todos se beneficiarão deste sistema de trabalho livre de seus parasitas". A empresa faliu rapidamente. Quanto a Amail, ele atuou por um tempo como diretor do jornal "republicano conservador" Le Crédit (1849), fundado por Prosper Enfantin e Charles Duveyrier, antes de se juntar ao Império. Posteriormente, administrou o banco Caisse générale des Actionnaires, com um capital de 25 milhões de francos, cuja publicação era Le Journal des Actionnaires. Le Maitron. Dictionnaire Biographique. Mouvement Ouvrier. Mouvement Social. Amail, Léopold. Disponível em: https://maitron.fr/amail-leopold/↩︎

  2. Rene Caillé (1811 ou 1831-1896), era um engenheiro aposentado e autor de Dieu et la Creation (Deus e a Criação) de 1884. Foi editor do jornal Anti-Matérialiste. Organe du Mouvemement de la Libre-pensée Religieuse et du Spiritualisme Moderne. Colaborou com a revista desde o início e era um adepto do Espiritismo, além de membro da primeira manifestação da Sociedade Teosófica na França, a Société Theosophique des Spirites de France. Era um socialista e comprometido com os direitos dos animais e antivivisseccionista (dissecação anatômica ou qualquer operação congênere feita em animal vivo para estudo de algum fenômeno fisiológico). Era tamém adepto das ideias de J. B. Rousteng. Disponível em: https://gallica.bnf.fr/ark:/12148/bpt6k55027007/f1.item.r=%22R%C3%A9n%C3%A9%20Caill%C3%A9%. Acesso em: 25/11/2025. Disponível em: The International Association for the Preservation of Spiritualist and Occult Periodicals. Disponível em: https://iapsop.com/archive/materials/anti-materialiste/. Acesso em: 25/11/2025.

    CAILLÉ, Rene. Pobres Animais, Vivissecção, Zoofagia, Vegetarianismo, Le Lotus, junho de 1887. Le Vegetarisme Theosophique em France: Del’Adeptat au Militantisme (1880-1940). In: BERNARD, Léo. Disponível em: https://hal.science/hal-04443575v1/file/Vegetarisme-theosophique_Politica-Hermetica-35_Leo-Bernard.pdf. Acesso em: 25/11/2025.↩︎

  3. Pere Hyacinthe (Hyacinth Loyson) (Charles Jean Marie Loyson) (1827-1912) Orador de púlpito, clérigo e teólogo. Sepultamento no Cimetière du Père-Lachaise. Rompeu com Roma em 20 de setembro de 1869, rendendo-lhe uma excomunhão em 18 de outubro. Loyson não era estranho ao protestantismo. Ele havia convertido Emily Jane Merriman (Emilie Jane Butterfield Loyson), uma presbiteriana americana nascida em Nova York em 1833 e falecida em Paris em 1910, com quem se casou em 1872. Disponível em: https://pt.findagrave.com/memorial/44171147/charles-jean_marie-loyson#source. Acesso em: 24/11/2025. Disponível em: https://www.londonpicturearchive.org.uk/view-tem?i=289896&WINID=1764011478508. Acesso em: 24/11/2025. Disponível em: https://pt.findagrave.com/memorial/62806628/emilie_jane-loyson. Acesso em: 24/11/2025.

    HARISMENDY, Patrick. Conférences avortées du père Hyacinthe (Loyson) en 1885. Échec de dialogue interreligieux ou test d’orthodoxie? Presses universitaires de Rennes. p. 81-90. Disponível em:

    https://books.openedition.org/pur/166212. Acesso em: 24/11/2025.↩︎